Mídias na Educação online
Imagem Google: Planeta Conectado
Vivemos a sociedade de
informação, onde o planeta é conectado através da internet, podemos ver em
tempo real o que acontece no mundo, se pensarmos que em épocas não muito
remotas, uma informação ou uma ideia demorava meses para ser disseminada,
percebemos o quanto evoluímos. Esse fato mudou a maneira como o homem percebe o
mundo e a si mesmo, isso provocou uma mudança de hábitos, costumes e valores.
Nesse sentido, mudou também a forma de aprender, comunicar, ensinar, interagir
com o social.
A educação também sofreu
mudanças significativas, o indivíduo passa a protagonizar seu conhecimento, na
medida em que interage com o mundo através da rede, uma gama enorme de informação
é acessível a ele. Assim, a necessidade de democratizar o conhecimento,
sobretudo no espaço escolar, o professor deixa de possuir o statuo quo de detentor do saber para
mediador, facilitador.
Imagem Google: Educação online
Foi a partir de 1980 que o
computador passou a funcionar como forma de expressão das atividades de
cognição humana, pois possibilitou o pensar. Segundo Pretto e Costa Pinto
(2006), as máquinas interagem com o homem, formando um conjunto pleno de
significação. Levy (1999) postula que: “A maior parte dos programas
computacionais desempenham um papel de tecnologia intelectual, ou seja, eles
reorganizam, de uma forma ou de outra, a visão de mundo de seus usuários e modificam
seus reflexos mentais”.
A internet inaugurou uma
nova realidade onde tarefas do quotidiano se tornaram muito mais fáceis, se
pode fazer quase tudo, operações bancárias, compras, visitar bibliotecas e
museus, fazer cursos, aprender idiomas, trabalhar sem que haja a necessidade de
sair de casa, interagimos com um mundo, emitimos opinião, trocamos informações
de forma muito mais rápida e efetiva.
Neste contexto, surge a cibercultura, que inaugura um novo paradigma
social, e com ele técnicas materiais e intelectuais de práticas, de atitudes,
de valores que desenvolvem ao mesmo tempo em que o ciberespaço é amplificado.
Levy (1999) entende ciberespaço e cibercultura como:
O termo [ciberespaço]
especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas
também o universo oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres
humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo
‘cibercultura’, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e
intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores
que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (LÉVY, 1999, p.
17).
A
sociedade vislumbra várias possibilidades, inclusive a democratização do
conhecimento, surgem cursos à distância viabilizando o acesso a informação, que
rompe com a barreira do espaço e tempo. As tecnologias de informação e
comunicação (TICs) exercem um papel preponderante neste processo, um conjunto
de recursos tecnológicos é utilizado de forma integrada tanto no processo de
ensino aprendizagem, quanto na indústria, no comércio e na publicidade. A
popularização da internet potencializou o uso das TICs, através dela novos
sistemas de comunicação e informação foram surgindo, formando uma rede, que
revolucionou os relacionamentos humanos, além disso, surgiram ambientes
virtuais de aprendizagem onde há a possibilidade de interagir em debates e
fóruns. Dessa maneira, a linguagem áudio visual se expande, porque traz
linguagens superpostas, interligadas, aguçando todos os sentidos e projetando
em outras realidades. `
As tecnologias da informação
e comunicação estabelecem novas relações entre subjetividade e visibilidade, a
maneira como os indivíduos constituem a si mesmo a partir da interação com o
outro. Imagens são capturadas e disponibilizadas em rede com muita frequência,
sobretudo nas redes sociais, estas não constituem apenas o registro de uma
imagem legendada e animada, mas também uma lógica discursiva. O indivíduo cria
uma narrativa própria a partir de experiências individuais, vale ressaltar que
o ato de narrar acompanha todas as ações e relações sociais e nos permite
atribuir sentidos e refletir sobre as formas de representações. Nessa lógica, o
visual Storytelling cria elementos para que o aluno possa vivenciar
experiências de aprendizagem a partir da construção subjetiva do outro em um
processo de visualização/reflexão/interpretação/significação/ressignificação. Explorar
essa nova modalidade representativa pode fomentar o entendimento como essas
subjetividades estão sendo construídas no mundo contemporâneo. A narrativa
digital adquire um interesse educativo porque se configura como um meio
motivador em relação ao aprendizado, além de ampliar e redimensionar a visão de
mundo do indivíduo.
As
mídias
clássicas têm por característica a existência de um centro emissor e um grande
número de receptores como é o caso das Tvs, do rádio, etc., que recebem a
informação de modo pacífico. Em contrapartida, as mídias que circulam no
ciberespaço possuem um suporte tecnológico permitindo a utilização de vários
recursos e se alimenta de várias contribuições. Assim, é possível perceber a
elaboração e reelaboração de sentido a partir dos recursos utilizados na
construção da narrativa digital, que chama atenção para uma dada perspectiva,
que promove a aquisição de conhecimento tendo em vista a construção de um
discurso próprio.





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